sexta-feira, 2 de maio de 2014

Diversidade e inclusão não saíram do discurso na maioria das empresas

 

Por Letícia Arcoverde | Valor
SÃO PAULO  -  Os esforços para promover diversidade e inclusão dentro das empresas ainda estão longe de refletirem o discurso das organizações sobre o assunto, segundo uma pesquisa da consultoria Bersin com a Deloitte.
Cerca de 70% dos entrevistados dizem que a companhia onde trabalham se posiciona como inclusiva e aspira ter uma cultura que estimule a diversidade nos próximos anos. No entanto, apenas 11% consideram que a mesma possui um ambiente de trabalho em que todos os funcionários se sentem envolvidos, respeitados e valorizados.
A pesquisa foi realizada com 245 profissionais de diversidade e inclusão de empresas que possuem sede nos Estados Unidos, entre elas companhias que fazem parte da Fortune 500.
As razões para esse descompasso entre discurso e prática são a falta de foco, investimento e comprometimento por parte das organizações, que ainda mantêm o assunto em segundo plano. A maioria dos respondentes (66%) acha que a área de diversidade possui um orçamento inadequado. Em média, as companhias gastam US$ 50 por funcionário em esforços para promover diversidade e inclusão – como comparação, elas pretendem gastar cerca de US$ 1.169 por empregado em treinamento em 2014.
Além disso, apenas 10% dos respondentes consideram que seu processo seletivo foi desenhado para atrair profissionais com origens e formações diversas. A maioria reporta que sua principal forma de recrutamento é a indicação de outros funcionários – o que contribui para atrair profissionais de demografias similares aos seus atuais empregados.
Mais da metade das empresas (54%) não têm uma área dedicada a diversidade e inclusão, ou possui uma formada apenas por funcionários voluntários. Entre as companhias que têm uma área específica para o assunto, a grande maioria (75%) é formada por menos de três profissionais. Além disso, 68% das empresas usam ao menos uma métrica para medir a diversidade e inclusão na organização, no entanto apenas 10% usam esses números para ajustar a estratégia da companhia na busca por melhores resultados.
(Letícia Arcoverde | Valor)


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