As empresas brasileiras vêm descobrindo o e-learning e sua aplicação, como incremento de suas estratégias de educação corporativa. Na prática, isso não quer ainda dizer muita coisa, especialmente se avaliarmos exatamente essa estratégia. Sempre abordo aqui a importância da educação corporativa planejada e como ela pode alavancar os resultados no desenvolvimento de pessoas e empresas. Mas é preciso admitir que ainda estamos engatinhando.
Temos empresas de grande porte que já importaram de suas matrizes em outros países ou mesmo criaram a cultura do e-learning localmente, avançando consideravelmente nessa seara. Nesse rol, temos ainda outras empresas de médio e até pequeno porte que também despertaram e fazem educação corporativa estratégica, utilizando o e-learning de forma inteligente. Mas essa não é uma realidade de mercado. O número real, se confrontado com uma projeção do que poderia ser em relação à quantidade de empresas do nosso mercado, ainda é muito pequeno. E para complicar, enfrentamos ainda várias outras barreiras que dificultam o avanço do e-learning.
Uma pesquisa realizada em 2013 pelo portal e-learning Brasil traz alguns dados bem interessantes. Um primeiro, relativo a essas barreiras que impedem a adoção do e-learning, aponta para as seguintes constatações:
- 48% das empresas entrevistadas dizem que ainda existem barreiras culturais;
- 34% apontam o investimento em tecnologias (sistemas) como dificultador;
- 11% dizem que é o investimento em serviços de consultoria;
- 7% afirmam que a dificuldade está na resistência por parte da alta gerência.
Dessas razões, acredito que as barreiras culturais representem mesmo a barreira mais difícil, que requer um trabalho mais pesado de criação de uma cultura de conhecimento baseada em diversos canais, não somente o e-learning. Esse intento vai forçar os gestores e líderes de RH, Educação Corporativa, Marketing e outras áreas envolvidas a gastarem mais tempo no planejamento das ações, direcionando energia e esforço no diagnóstico dos cenários, levantamento de perfis e competências individuais e organizacionais, estilos de aprendizagem, ambientes mais propícios e metodologias mais eficazes. Para as outras razões apontadas na pesquisa, o mercado já mostra que há uma gama de soluções e serviços que reduzem custos e permitem implementar uma estratégia de educação corporativa consistente e diversificada sem, com isso, comprometer grandes orçamentos.
A mesma pesquisa ainda aponta para o aumento do interesse pela ferramenta e as motivações que levam as empresas a adotarem o e-learning. Nesse ponto, fica claro que a motivação principal ainda é a redução de custos. Nada mais compreensível, mas ao mesmo tempo questionável do ponto de vista do conhecimento. O e-learning é uma ferramenta que diminui as distâncias e pode acelerar o processo de aprendizagem. Não se trata apenas da tecnologia, mas também do conteúdo, da forma, da interação com o meio, da colaboração e vários outros requisitos. Assim como defendo que ele precisa ser visto como um importante aliado da estratégia de educação corporativa, também acredito que a própria educação precisa ser vista de outra forma. Não estamos mais falando apenas de treinamento. O tempo é de pensar o conhecimento como a chave para a transformação das pessoas e dos negócios.
E você? O que pensa?
Opine e compartilhe!
Até o próximo!
Ubirajara Neiva
Educação Corporativa – E-LEAD+
Para ver os resultados da pesquisa, visite:http://www.elearningbrasil.com.br/pesquisa/resultados/pesq_result_129.asp
http://www.e-lead.com.br/site/as-barreiras-culturais-na-aplicacao-do-e-learning/
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