sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cinismo

Confira a crônica inédita e exclusiva de Rubem Fonseca para os leitores do Portal Literal.


Cinismo
Rubem Fonseca

A semântica, que estuda o significado das palavras, me lembra Janus, que segundo a mitologia era o porteiro celestial. Ele possuía duas cabeças, simbolizando os términos e os começos, o passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas. A semântica também têm duas cabeças, uma sincrônica, que fala de palavras com o mesmo significado ao mesmo tempo, e outra diacrônica, que estuda a modificação das palavras ao longo do tempo. 

Vejamos a palavra cínico. Ela deriva da palavra grega kŷ;;ő;;n, kynós, que significa “cão”, animal cuja vida seria igual à pregada pelos cínicos, pois morde aqueles que merecem, é capaz de distinguir os amigos dos inimigos, e principalmente, o cínico é capaz de viver como o cão, indiferente às convenções sociais. (Os cães daquela época deviam ser diferentes dos atuais “cachorrinhos de madame” que viajam com elas para Paris dentro de bolsas Louis Vuitton). Hoje, através de desvios diacrônicos, este termo se refere àquelas pessoas desavergonhadas, impudentes; que desdenham dos escrúpulos alheios, que se mostram atrevidos ou descarados ao seguir seus impulsos ou interesses, uma pessoa, conforme a definição de H.L. Mencken, que quando cheira uma flor olha ao redor procurando o caixão do defunto. 

Como todos sabem, o cinismo foi uma corrente filosófica fundada por Antístenes, um discípulo de Sócrates. O mais famoso dos cínicos se chamava Diógenes, o sujeito que ficava dentro de um tonel, ou vaso funerário, que durante o dia vagueava com uma lanterna acesa a procurar homens virtuosos. Uma história famosa dele é a de que certo dia, quando estava tomando sol, chegou inesperadamente o todo poderoso imperador Alexandre Magno e lhe disse: “Pede-me o que quiseres” e Diógenes lhe respondeu: “Desejo apenas que te afastes do meu sol e não me faças sombras.”

Perguntaram a Platão que tipo de homem era Diógenes e Platão respondeu: “Um Sócrates que ficou maluco”. Por falar em maluco, Nietzsche disse que "o cinismo é a única forma sob a qual as almas vulgares se aproximam do que seja a honestidade.”

Mas afinal, qual a filosofia dos cínicos? Os antigos, da época de Antístenes, pregavam o desapego aos bens materiais e externos, a rejeição à hipocrisia, e estabeleciam uma correlação entre conhecimento e virtude, virtude que consiste, sobretudo, na conduta moral do ser humano, naquilo que lhe é intrínseco – e não nas conquistas materiais. Exatamente o oposto do significado da palavra em nossos dias. 

E os filósofos cínicos modernos? Peter Sloterdijk, autor do cultuado Crítica da razão cínica, foi há alguns anos o pivô de uma briga que dividiu a intelectualidade européia. Sloterdijk propôs um Conselho de cientistas e filósofos para criar um discutível “Parque Genético Humano” – “Menschenpark”, para salvar a espécie da imbecilidade e brutalização induzida pelas mídias. O famoso filósofo alemão Jürgen Habermas atacou Sloterdijk e um monte de filósofos se meteu no meio, confundindo mais do que esclarecendo. 

Onde se encontram os cínicos autenticamente seguidores de Diógenes?, pergunta o filósofo Michel Onfray, onde se aninham os descendentes do filósofo do cão? Primeiramente entre os filhos de Nietzsche, que, como sabemos, morreu louco. E os outros, quem são eles? Entre os mais recentes Michel Foucault e Gilles Deleuze, “que morderam feito cães, cagaram e mijaram nas falsas aparências da época, levantaram as patas diante das honrarias e dos poderes.” 

Mas eles, os cínicos autênticos, existem entre as pessoas simples, “pode ser qualquer um que se sinta revoltado e animado por uma vontade política de acabar com os cínicos vulgares, aqueles que querem vender um amanhã ideal para fazer engolir o hoje insuportável. Sua insubordinação, sua rebelião, sua revolta, sua reinvindicação reatualizam o gesto de Diógenes.”

Todavia, os cínicos autênticos, em sua maioria, não sabem que são cínicos. Eles desafiam as falsas convenções sociais e a moralidade hipócrita, mas não sabem que isto é um cinismo genuíno. Lamentavelmente, a palavra cinismo, para eles, sofreu a diacronia semântica e passou a ter um significado pejorativo. 

Esta conversa está ficando muito filosófica, e chata. Vamos voltar à diacronia da semântica. 

Um instrumento de tortura denominado “tripalium” com o passar dos anos tornou-se a palavra “trabalho”. (Sei que para muitos “trabalho” continua sendo uma forma de tortura.) Todos aqueles que têm computador conhecem a palavra inglesa “delete”, que significa apagar. É uma demonstração de como as palavras se movimentam no tempo e no espaço. O verbo delete vem do latim delere (apagar). Agora, no século 21, a palavra, migrando do inglês, reaparece em português no seu sentido original, deletar, devidamente integrada ao nosso vernáculo. A palavra estilo, do latim stilum, designava originalmente uma pequena haste usada para escrever, um tipo de caneta antiga. Não demorou para que surgisse um novo sentido para a palavra, ou seja, a “maneira de escrever” — “o estilo literário dos escritores”, como também o conjunto de tendências e formas de comportamento, além de significar requinte, habilidade esportiva, etc. A palavra avião, do francês “avion”, significava ave grande; quando foi inventado um aparelho com asas que voava, qual o nome que lhe foi dado? Avião. A palavra “tela” indicava (e ainda indica) um tipo de tecido; quando o cinema foi inventado, as imagens eram projetadas num retângulo deste tecido. Surgiu então a palavra tela ligada à imagem com o seu sentido puramente cinematográfico. A metáfora também influência as mudanças das palavras. Para não ter que usar palavras vulgares a fim de denominar órgãos genitais e excretores, (por exemplo, em português, boceta e cu), passou-se a usar vagina e ânus, oriundas das palavras latinas “vagina” e “anulus”, que significavam respectivamente vagenzinha e anelzinho.

Porém, a nossa discussão sobre a mudança de significados das palavras tem que passar pela semântica, pela metonímia e pela metáfora. Eu costumo dizer que a superioridade da literatura sobre todas as artes resulta da sua polissemia mais rica, isto é, a sua capacidade de ter muitos significados. O leitor, à medida que lê, recria a história, usa a sua imaginação. Isso é impossível olhando para a “tela”. 

Mas vou deixar este assunto para outra ocasião.

Voltando ao cinismo. Você é um cínico autêntico, seguidor, ainda que inconsciente, do Diógenes, ou é um cínico que faz parte da outra categoria?



http://portalliteral.terra.com.br/artigos/pensamentos-imperfeitos-rubem-fonseca-inedito

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Como conseguir um emprego através do Facebook

Escrito por: Claudia Valls



2 comentário(s)



Se você está a procura de um emprego, pergunte-se se já teclou todas as pesquisas possíveis. Deu uma olhada no Catho e/ou tornou o Linkedin sua pagina principal? Deixou acertada todas as combinações de palavras chave que podem remeter a um trabalho no Google Alert? Checou o Facebook?



Enquanto a gigante das redes é mais conhecida por provocar demissões, ela é, ao mesmo tempo, um grande e inexplorado campo de pesquisa quando se trata de “job hunting”. Com 500 milhões de usuários, o site tem o potencial de ser um dos maiores locais para este tipo de atividade. Mas, achar um emprego através do Facebook nada tem a ver com amolar amigos e escrever em seus news feed “desempregado e procurando trabalho – ajudem-me”. É muito mais sobre tornar a sua página um local de negócios e não de lamúrias.

Ao se juntar a grupos, manter-se atento aos updates dos amigos e ficar ligado em sua própria sua rede pode transformar o Facebook em um site que faz muito mais por você do que apenas o manter informado. Aqui vão cinco dicas para tornar o Facebook em mais um meio de pesquisa para se conseguir um emprego.



1 – Leia seus feeds - a americana Amanda Flahive é conhecida como a Diva dos detalhes na Sevans Strategy, uma empresa de relações públicas e consultoria de mídia de Chicago. Ela conseguiu seu trabalho através do Facebook. Apesar de conhecer Sarah Evans, CEO da companhia, desde a época da faculdade, Amanda e Sarah haviam perdido o contato, que foi retomado em um casamento. As duas se tornaram amigas no Facebook para continuarem a se falar. Um dia, Amanda, lendo seus news feeds, deu de cara com um anúncio que dizia “Mora em Chicago e é meticulosa? Estou procurando alguém para trabalhar trinta horas por semana, checando emails e marcando viagens. Mande um email para Jen (assistente de Sarah na época) para mais detalhes”. Amanda chegou a conclusão que não teria nada a perder, pois conhecia Sarah tanto pessoal quanto profissionalmente. Sarah a chamou para uma entrevista. As duas conversaram sobre cargos e Sarah contratou Amanda através de uma mensagem direta no Facebook. Alias, ela só anunciou a vaga de trabalho via Facebook e Twitter.



2 – Seja ativo em seus grupos – o desenvolvedor de web Enrico Bianco trabalha no Post Rank, mas encontrou seu trabalho anterior criando um aplicativo para a Canadian Society of Immigration Consultants, pelo simples fato de ter-se juntado ao grupo no Facebook. Bianco estava no meio de uma pesquisa de emprego, procurando mudar de área. À época, ele desenvolvia, basicamente, programas em Java e queria atuar em Ruby on Rails (um framework de desenvolvimento web). “Comecei a utilizar as redes sociais de forma agressiva, além de continuar procurando trabalho nos sites especializados”. Casualmente, encontrou um grupo no Facebook para a comunidade de Ruby on Rails de Toronto e deixou uma mensagem no fórum de discussão dizendo que tinha algo a oferecer, caso alguém estivesse a procura de um desenvolvedor deste framework. Mais tarde, ele recebeu a mensagem do adminitrador do sistema, que lhe pediu seu currículo, o que os levou a uma entrevista e, na seqüência, Bianco conseguiu o emprego. Enrico comenta que um dos motivos de sua admissão foi o fato de terem percebido o quão ele era ativo no grupo.



3 – “Curta” ou se torne “Amigo” das companhias com as quais gostaria de trabalhar - Sandra Aaron é uma planejadora de eventos que pretendia expandir seus horizontes, organizando luas de mel também. Logo notou que precisaria conhecer melhor a indústria de viagens e resolveu procurar uma vaga em uma agência. Sandra pesquisou várias companhias, mas a que mais lhe interessava exigia um mínimo de 20 anos de experiência no ramo, algo que ela não tinha. Um dia, lendo o status update da pagina da empresa no Facebook, verificou que estavam procurando conselheiros de viagem com experiência. Sem nada a perder, ela resolveu perguntar se alguma vez haviam trabalhado com planejadores de casamento. Poucas semanas depois, recebeu uma mensagem do marketing da empresa onde diziam que gostariam de enviar seu currículo para a pessoa certa. Moral da história: o general manager ficou tão bem impressionado que marcou uma entrevista. Atualmente, Sandra é uma contratada independente da companhia, coisa que não aconteceria se não estivesse de olho no Facebook.



4 – Participe de um concurso – Andrew Miller conseguiu seu estágio na Fast Horse, uma firma de marketing de Minneapolis, em um concurso do Facebook. A empresa anunciou que o novo estagiário seria aquele que conseguisse mais “Likes” em uma semana. Miller logo começou a trabalhar em sua “campanha”. “Eu tentei entrar em todas as redes sociais das quais fazia parte e escrevi a seguinte mensagem: ‘Se voce tiver uns minutos extras, poderia me ajudar a conseguir o estágio dos meus sonhos? Tudo o que precisam fazer é “curtir” a minha pagina”. Conseguiu 725 “Likes” e a vaga. Miller terminou seu período de três meses e teve seu estágio estendido por

mais três, o que leva a crer que logo será contratado.



5 – Inicie o dialogo - A Fast Horse, empresa que contratou Andrew Miller, acredita no Facebook para o processo de contratação, diz seu diretor de criação e cofundador Jorg Pierach. Quando a firma lançou sua página no Facebook, não pretendiam que o veiculo se tornasse meramente um megafone apregoando os feitos da companhia, mas sim como uma forma de interagir que candidatos em potencial, além de fazer uma espécie de entrevista digital. A companhia direciona os usuários que procuram por uma oportunidade para sua pagina no site para que seus funcionários possam compartilhar informações sobre a empresa, sua cultura e o que fazem.

Ao invés de currículos que desaparecem em alguma pilha de papéis, as empresas, agora, tem uma maneira de manterem contato com seus candidatos. A própria Fast Horse começou a fazer contratações desta forma. Pierach conta que há um ano e meio começaram a contratar alguns funcionários através das redes. “Os candidates iniciam o diálogo e, quando abre uma vaga para a posição do postulante, já temos uma boa idéia de quem pormos considera para o cargo”, finaliza.



Se você quer saber mais sobre redes sociais, frequente o nosso curso “Redes Sociais para Negócios”, que será ministrado em São Paulo e Rio de Janeiro.

http://www.idigo.com.br/blog/

Revista Isto É – Gestão Empresarial: Como Motivar sua Equipe (2010)

Sumário: Coleção Istoé Gestão Empresarial – Como Motivar Sua Equipe – Edição Nº 01
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A motivação profissional é tema essencial para o dia-a-dia de qualquer empresa. As pessoas precisam estar motivadas para trabalharem mais felizes e alcançarem seu potencial pleno.
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Como motivar sua equipe – Motivação, Incentivo e Crescimento mostra estratégias que funcionam e exemplos do que deve ser evitado por uma empresa.
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Aborda o papel do líder e a importância do trabalho em equipe para atingir o máximo de motivação. Tudo de uma forma clara, com uma linguagem simples e, ao mesmo tempo, envolvente.
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A Coleção Gestão Empresarial foi especialmente desenvolvida para auxiliá-lo a aprimorar a gestão de seus negócios.
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Elaborados e supervisionados por especialistas, os livros visam proporcionar conhecimento em Finanças, Contabilidade, Marketing, Recursos Humanos, Planejamento Estratégico e em muitos outros temas fundamentais para a administração eficaz do negócio próprio.
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Estilo: Atualidades
Lançamento: 2010
Idioma: Português
Tamanho: 10 Mb
Formato: PDF


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Para que lado a bailarina gira?

Olhe para esta figura por alguns instantes e decida: para que lado a bailarina gira?
 RotatingBallerina.gif
Agora, feche os olhos por alguns instantes, abra-os e tente enxergar a bailarina girando no sentido oposto. Consegue? Se não conseguir, vá dar uma volta, leia outras coisas, depois volte aqui no site e veja a bailarina de novo. Constatar que ela pode subitamente girar para o lado oposto é uma surpresa e tanto!
A surpresa, claro, é oferecida pelo seu cérebro: esta imagem é uma série de 34 quadros que não mudam de ordem (eu chequei, mas, se você quiser se convencer, bastar salvar esta imagem e abri-la em um editor que a mostre quadro-a-quadro), repetidos em loop.
O cérebro enxerga movimento onde não há a partir da interpolação entre imagens sucessivas. Assim funcionam o cinema, os desenhos animados e aqueles filminhos que aprendemos a desenhar quando crianças na margem dos cadernos. E assim as 34 imagens da dançarina são interpretadas como cenas sucessivas de uma moça que gira sobre uma perna só.StaticBallerina.gif
Mas qual perna? Aqui está o truque: as imagens no filminho acima são ambíguas. Metade delas tanto pode representar a bailarina vista de frente quanto de costas; na outra metade das imagens, onde ela aparece de lado, a perna levantada pode ser tanto a esquerda quanto a direita (tente se convencer disso com a imagem estática ao lado).
O cérebro, no entanto, não se entende com ambiguidades, e tenta sempre encaixar suas representações do mundo em uma explicação única, coerente: se há movimento, ou bem a bailarina gira para a direita, ou para a esquerda. Em momentos diferentes, você pode enxergar ora a um movimento no sentido horário, ora no anti-horário - mas, a cada momento, o movimento só pode ser um.
O que nos faz enxergar a Bailarina Ambígua girando, digamos, para a esquerda, e não para a direita? Acaso, talvez, ou algum processo já em andamento no cérebro naquele instante que torna a interpretação tendenciosa para um lado ou outro.
Mas a informação, e com ela nossas expectativas, faz uma diferença. Por exemplo, quando o cérebro percebe a Bailarina Ambígua girando para a direita, no sentido horário, ele percebe a perna direita levantada; quando percebe a Bailarina girandopara a esquerda, no sentido anti-horário, ele enxerga a perna esquerda levantada. Você pode usar esse conhecimento para tentar mudar suas expectativas e convencer seu cérebro (ou seja, convencer a si mesmo!) a interpretar a mesma bailarina de duas maneiras diferentes.

Esta imagem aparece em uma matéria da Australian Associated Press como parte de um suposto "teste de lateralidade cerebral". Segundo eles, quem vê a bailarina girar no sentido horário "usa mais o lado direito do cérebro"; quem vê a bailarina girar no sentido anti-horário "usa mais o lado esquerdo do cérebro".
A parte da lateralidade é, até onde eu sei, besteira - como a maior parte das declarações da pseudo-psicologia popular que banaliza (incorretamente) a lateralização cerebral (que existe!) como sendo o lado direito do cérebro emocional e o lado esquerdo, racional. Mas isso é outra estória...




quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sustentabilidade Radical

Sustentabilidade Radical

http://www.youtube.com/watch?v=eZnxU6-B9wg&feature=player_embedded

Aprendizagem cognitiva ou comportamental?
Outro dia, ouvi em um curso que participei que foi feita uma pesquisa nos USA e constatou-se que 39% dos homens não lavavam as mãos após terem usado o banheiro público. Então, foi feita uma campanha cognitiva de marketing para conscientização da importância de se lavar as mãos após o uso dos banheiros e dos riscos que o próprio usuário tem e produz com essa atitude. Depois de um tempo, foi feita novamente a pesquisa e constatou-se o aumento para 44% o número de homens que lavavam as mãos depois de usar o banheiro público. Os pesquisadores continuaram o estudo, pois verificaram uma pequena mudança comportamental diante a campanha cognitiva.
O próximo passo seria usar uma técnica comportamental condutiva para provocar mudança de atitude. E o que seria isso? Foi instalado nas torneiras dos banheiros públicos um sensor que, quando o usuário fosse sair do banheiro sem lavar as mãos, a porta não abriria e aparecia uma indicação para ele voltar. A saída somente era liberada após lavarem as mãos. Depois de um tempo, este sensor pode ser desconectado porque as pessoas já lavam automaticamente as mãos após o uso do banheiro.
RADICAL?
Não sei!! Quem já lavava as mãos nem percebia esta restrição ou radicalidade, mas quem não lavava era obrigado a mudar….
Perto da minha casa, em São Paulo, tem uma comunidade que tem recebido – voluntariamente – da Eletropaulo chuveiros econômicos, com uma tecnologia que limita o uso do chuveiro por 10 minutos. Passado este tempo ele desliga e só volta a funcionar depois de 5 minutos.
Radical?
Quem toma banho em menos de 10min nem vai perceber a radicalidade ou restrição, mas quem costuma demorar no chuveiro vai mudar de atitude.
É assim também em tantos outros aspectos, como no carro. Nós só aprendemos a usar cinto de segurança depois que começaram a cobrar multas e a dar pontos na carteira, ate então os cintos de segurança eram adornos para muitos.
Faça uma reflexão
Tem algum comportamento que você gostaria de mudar na sua empresa, na sua família ou em você mesmo?
Que tipo de aprendizagem comportamental você indicaria para isso?
Por exemplo, eu tinha o mau hábito de ver televisão até tarde e às vezes dormia com ela ligada. Há muito tempo fiz um favor para mim: tirei a televisão do quarto e isto me trouxe muitos outros benefícios.
Eu quero aprender mais. Vamos trocar ideias?
Vou presentear a ideia mais criativa e a ideia que traz mais vantagens para todos com kits de meus produtos – DVD e livro.
Participe dessa rede.


http://www.leilanavarro.com.br/blog/2010/10/sustentabilidade-radical/



sábado, 6 de novembro de 2010

Discurso de colación

Sí, es hoy. Y tuve la hermosa oportunidad de dar el discurso que les dejo a continuación:



¡Buenos días para todos!

Es un honor para mí poder estar frente a ustedes en la celebración de este logro tan especial para nuestras vidas. Hemos llegado a este momento construyendo con esfuerzo el día a día; pero esta obra la han ayudado a levantar muchas manos, a las cuales agradecemos hoy:

Gracias a Dios, quien en su infinito amor nos ha dado la oportunidad de estar vivos, de crecer como seres humanos y de formarnos como profesionales, iluminando nuestros pasos cada segundo.

Gracias a nuestros padres quienes han deseado este momento para nosotros desde que nuestros ojos se abrieron al mundo por vez primera, y nos han llevado de la mano como al niño que está aprendiendo a caminar. Hoy emprendemos pasos firmes y deseamos que nuestro camino sea siempre motivo de orgullo para ustedes.


Queridos hermanos, primos, tíos, abuelos: ustedes son compañeros de una escuela aún más grande, la escuela de la vida; este triunfo también es suyo.

Este momento también es posible gracias al apoyo y empeño que nos han dado la Universidad y nuestra Facultad, gracias a todos los que las conforman por las pequeñas labores diarias para facilitar nuestra formación, puesto que hoy rinden sus frutos.

Gracias a nuestra decana y docentes por su generosidad, por procurar que sus enseñanzas nos nutrieran no sólo de conocimientos, sino también de valores; ayudándonos a ser mejores personas cada día. Esta experiencia no hubiera sido la misma sin todos y cada uno de ustedes, con su forma única de mostrarnos la realidad.

No me quedan dudas de que esta promoción, que hoy se convierte en egresados, dejó huellas imborrables en su paso por esta institución. Es un maravilloso grupo de jóvenes capaces, inteligentes, luchadores y emprendedores, que se mantuvo receptivo y siempre dispuesto a construir cosas nuevas. Ha sido una experiencia inigualable el poder compartir estos últimos años rodeada de personas tan admirables que cada día me impulsaban a dar lo mejor de mí.

Queridos compañeros y amigos… ¡Lo hemos logrado! Hoy saldremos de este recinto con el título de Profesionales en Finanzas y Relaciones Internacionales, con un sueño realizado, y una sonrisa en el rostro. Todos nuestros esfuerzos cobran sentido hoy más que nunca y la felicidad embarga nuestros corazones.

Pero también abandonaremos este auditorio con una promesa,  porque hemos emprendido una profesión que va más allá de los negocios y la política, una profesión que tiene la capacidad de cambiar los cimientos de la realidad misma para trabajar por un mejor país. El acumulado de conocimientos y análisis que hemos cultivado, encontrarán en nuestra sociedad el mejor laboratorio de trabajo, es allí donde demostraremos nuestra madera… al poner al servicio de los demás las valiosas herramientas que hemos adquirido.

La vida nos llevará a todos a lugares y posiciones inesperadas, pero confío plenamente en que dentro de algunos años nos encontraremos todos siendo agentes de cambio desde nuestros proyectos, estudios, empresas y familias.

Hemos iniciado una  etapa definitiva de nuestra existencia en la que todo está en nuestras manos. Lo que hagamos a partir de hoy marcará trazos en este óleo en blanco que se llama vida y sólo al final de la misma podremos contemplar la obra de arte que hemos creado; por eso hoy quiero abrir una invitación a usar sólo colores hermosos, a pintar con alegría, con emoción, con técnica pero sin temerle a improvisar y a corregir nuestras faltas, puesto que muchas veces de los errores surgen las creaciones más bellas.

Hago un llamado abierto a nunca desfallecer. Ante las dificultades, ante el desengaño, ante el temor… nunca desfallecer. En ti tienes todo lo que necesitas para triunfar y esta es una generación de triunfadores. FELICIDADES.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Texto de um paraninfo

O texto abaixo, foi escrito para uma formatura por Nizan Guanaes, paraninfo de turma na Faap. Olhe só o que este publicitário escreveu... Deve ser por isso que é um dos melhores redatores do mundo e dono da DM9

"Dizem que conselho só se dá a quem pede"

E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns.
Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.

Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro.
Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência.
Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido,nem um grande canalha.
Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro.
Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro.
Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.
E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.
A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano.
O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse:
"Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo".
E ela responde:
"Eu também não, meu filho".
Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário.
Digo apenas que pensar e realizar, tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal, é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo.
O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada.
Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu.

Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: "seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito". É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia.
Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito.
É preferível o erro à omissão.
O fracasso, ao tédio.
O escândalo, ao vazio.
Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso.
Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.
Colabore com seu biógrafo.
Faça, erre, tente, falhe, lute.
Mas, por favor, não jogue fora, se moldando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história.
Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução.
Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.
Não use Rider, não dê férias a seus pés.
Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia!
Toda família tem um tio batalhador e bem de vida.
E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa.
Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam.
Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar.
Porque não sabem trabalhar.

Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem.
De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso.
Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta.
Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho.
Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam.
Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão.

E isso se chama "sucesso".

Nizan Guanaes

http://autoracing.virgula.uol.com.br/forum/index.php?showtopic=30280