domingo, 15 de abril de 2012

Os 30 segundos fatais para salvar sua imagem e tentar conquistar um cliente

O mundo dos negócios tem suas próprias regras de etiqueta. Não adotá-las pode condenar o futuro de jovens empreendedores


24 de outubro de 2011 | 15h 38

Cris Olivette, de O Estado de S. Paulo
No Brasil existem 5,1 milhões de empresas, desse total, 98% são micro e pequenas. E seu número não para de crescer. Mas para empreender com sucesso, além de dominar todos os aspectos do negócio, também é preciso dominar a linguagem e as regras de etiqueta do mundo empresarial.
Caio Sigaki, de 28 anos, logo notou a importância de seguir essas normas de comportamento, Foi há três anos, ao começar sua vida empresarial. Mais jovem entre os franqueados de uma rede de cursos profissionalizantes, conta que teve de se adaptar para ter mais credibilidade.
"Precisei aprender a me comportar e a me vestir adequadamente para as reuniões, afinal, saber fazer network é muito importante para um empresário."
A partir deste ano, Sigaki se tornou franqueador do portal Elefante Verde, um guia colaborativo online, e está expandido o negócio para todo o Brasil. "Tive de aprender tudo na raça, mas hoje sinto-me plenamente seguro para comandar as reuniões com meus franqueados."
Para evitar gafes que podem comprometer boas oportunidades, é melhor seguir ‘o manual’. A consultora de imagem Lilian Riskalla faz um alerta: as pessoas levam 30 segundos para formar a primeira impressão sobre o outro. Ou seja, ao causar uma primeira impressão negativa, pode ser difícil conseguir reverter. "É importante passar credibilidade, competência e confiança desde o início", diz ela.
Rosana Fa, que também presta consultoria, diz que a imagem do empresário está associada à da empresa. Assim como a firma deve estar em ordem desde a recepção, o perfil do empresário deve estar adequado, tanto na maneira de se vestir quanto na de se comportar.
O mestre em administração da Fundação Getúlio Vargas e consultor de negócios Batista Gigliotti, conta que certa vez acompanhou um cliente a uma reunião e recomendou que ele tirasse o brinco se quisesse fechar o contrato. Apesar de resistir, ele tirou o brinco e fechou o negócio. Tempos depois, ele voltou a mesma empresa usando o brinco. "A empresa reclamou comigo a respeito do meu cliente por mais de uma semana. A etiqueta empresarial não tem a ver com a crença das pessoas, mas com o ambiente de negócios", avalia.
As boas maneiras abrangem diversos itens e Gigliotti destaca a apresentação do cartão de visita. "Nunca tire o cartão do bolso de trás da calça ou do meio de vários papéis e notas de dinheiro." Segundo o professor, no Brasil a tradição é apresentar o cartão no início da reunião, sem orelhas, afinal o cartão é a imagem do indivíduo. "Da mesma forma, ao receber um cartão, nunca guarde nos bolsos da calça, nem deixe caído sobre a mesa. Deve ser guardado no bolso do paletó ou da camisa."
Outra gesto importante é que ao receber um cartão, o ato deve ser retribuído na mesma hora. "No mundo corporativo isso é visto como um gesto de atenção", afirma Gigliotti.
Para o consultor do Sebrae- Ourinhos Fabio Ravazi Gerlach, é importante pesquisar sobre a empresa que irá visitar, isso vai ajudá-lo a se adaptar ao ambiente e cultura da empresa.
Batista recomenda, ainda, não misturar o ambiente profissional com o particular. "Nunca saia com o cliente para a farra, você ficará exposto e isso será usado contra você quando houver oportunidade." Segundo Rosana, a ética é outro fator importante. "Não faça com os outros, o que não gostaria que fizessem com você. Adotando essa base, o profissional vai ser ético sempre."

Pequenas ganham serviços virtuais

29 de fevereiro de 2012 | 9h00
Claudio Marques
CRIS OLIVETTE
Pesquisa realizada pela Prestus Consultores, na cidade de São Paulo, mostrou que 80% dos empresários sentem que têm pouco tempo para realizar suas atividades, e 79% deles não possuem uma secretária para ajudá-los.
Pensando em minimizar esse problema, Alexandre Borin, proprietário da Prestus, desenvolveu um serviço de assistência chamado Virtus Flex, que oferece uma secretária remota, 24 horas por dia, durante toda semana.  Esta é uma das ferramentas, principalmente virtuais, oferecidas a pequenos e micro empresários e também para autônomos.
O médico e consultor em gestão de saúde Fabio Luiz Vieira, usa o serviço da Presturs há quatro meses e afirma estar satisfeito, pois está conciliando melhor suas duas atividades.  ”Recebo auxílio na execução de tarefas práticas e nas mais elaboradas. “
Segundo Vieira, numa noite ele percebeu que não conseguiria concluir uma apresentação em PowerPoint para usar no outro dia.  ”Encaminhei uma solicitação às 23h e na manhã seguinte o material estava pronto em meu e-mail. “
O médico também utiliza o serviço de transcrição de áudio de relatórios e atas de reuniões que costuma gravar em arquivo de voz.  Outros exemplos de serviços executados pela assistente remota são a cotação de preços de passagens, levantamento de empresas que operam em determinado destino e o agendamento de consultas.
Segundo Borin, para usar o sistema Virtus Flex o empresário paga R$ 399 por mês.  A empresa também oferece o serviço Deixa Conosco, no qual as chamadas são capturadas após o quarto toque e uma secretária da Prestus faz o atendimento remoto, em nome da empresa do executivo.  Esse serviço custa R$ 159.  A diferença entre as duas ferramentas é que na primeira, além de atender as chamadas e dar assistência ao executivo, também atende seus clientes.
A Prestus dispõe de 22 funcionários que se revezam em 5 turnos, o que possibilita o atendimento 24 horas.  As equipes ficam distribuídas em Recife, São Paulo e Florianópolis, para evitar que um apagão na internet em uma dessas cidades interrompa o serviço.
Para quem precisa captar clientes, a Leader Leads oferece uma ferramenta digital que pode acelerar o volume de vendas.  Enquanto empresas tradicionais compram mailing e contratam empresa de telemarketing, a Leader oferece um sistema digital que faz a prospecção qualificada de clientes por meio da geração de leads.
Para quem não sabe, leads, na área de marketing, significa clientes dispostos a comprar ou utilizar determinados produtos ou serviços.  Os potenciais clientes são captados por meio dessa ferramenta, ao pesquisarem algum produto ou serviço na internet.  O dados obtidos são, posteriormente, utilizados pelas empresas que oferecem os produtos ou serviços
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Segundo Natan David, proprietário da Leader, o sistema qualifica a informação em poucos minutos e encaminha o contato para o vendedor, que dará retorno aos clientes no máximo em 15 minutos.
“O cliente paga por informação gerada.  Os preços variam entre R$ 25 e R$ 200, dependendo do segmento. “
E-commerce.
Segundo a Camara-e.net, o mercado de comércio eletrônico brasileiro reúne 60 mil lojas.  Dessas, cerca de 12 mil são micro e pequenas empresas.  Focando esse público, que apresenta fluxo de até 500 pedidos por mês, a ClearSale desenvolveu a ferramenta M-CS (Monitoração ClearSale), que permite visualizar o risco do pedido, que pode variar entre baixo, médio, alto e crítico.  O serviço é gratuito e para acessá-lo basta preencher um cadastro.
O proprietário, Pedro Chiamulera, afirma que com esse sistema, a autenticação da compra deixa de ser uma preocupação para o empresário.  ”A ocorrência de fraudes pode quebrar uma pequena empresa. “
Segundo Chiamulera, a ClearSale tem 600 clientes de pequeno porte que, quando aumentam suas vendas, passam para o plano TG (total garantido).  Esse plano custa entre 1,5% e 2% do valor do pedido de venda e está atrelado a um seguro.  ”Caso ocorra uma fraude, nós cobrimos o prejuízo. “
Agência.
Desde setembro, o Brasil tem uma agência colaborativa de marketing e comunicação operando no mundo virtual.  A You Create segue a tendência mundial do conceito de crowdsourcing, que significa terceirizar uma tarefa para internautas prestadores de serviços espalhados pelo mundo.  A ferramenta funciona como uma espécie de leilão reverso, no qual quem estabelece o preço é o cliente.
Marcelo Ursini, sócio da agência, conta que em dois meses já cadastrou 1.400 profissionais e atendeu 30 clientes, que economizaram até 90% em relação as alternativas tradicionais.  Segundo Ursini, o Brasil tem 1,2 milhão de pequenas empresas que precisam dar profissionalismo a seu marketing.  ”Ao mesmo tempo, temos muita gente criativa sem chance de mostrar seu talento. “
Fabio Vieira usa o serviço de assistência remota para conciliar suas duas agendas