Um conceito que serve para aumentar a inovação – e de maneira sistemática – nas empresas, cidades e governos em todo mundo. Este é a metodologia do Design Thinking, que está em alta no exterior e vem ganhando adeptos no Brasil. Ysmar Vianna, sócio-diretor da consultoria MJV e autor do livro “Design Thinking – Inovação em negócios”, explicou um pouco mais sobre o tema ao Criaticidades. Vianna lembrou que em 2008 a empresa ganhou um projeto da Finep para promover a inovação e se deparou com os rudimentos da metodologia, que existe há cerca de 20 anos, uma vertente da engenharia industrial. “Precisávamos de um processo que nos desse alternativas para fazer as coisas de um modo correto. Foi aí que conheci o método e me apaixonei pelo tema”, explica o executivo, que afirma que o design thinking pode ser utilizado por empresa de todos os portes, para desde a resolução de um problema, criação de uma experiência, formulação de uma estratégia ou de um modelo de negócios. O executivo afirma que um dos pressupostos do método é pensar nas necessidades humanas para determinado projeto ou produto. “A maior parte dos administradores tem uma maneira de pensar que tudo pode ser decomposto em pedaços. Assim é com uma companhia, que tem departamento de RH, marketing e administrativo, por exemplo”. Já a alternativa do Design Thinking permite ver uma organização de maneira integral. “Não é um modelo melhor, mas uma vertente que não pensa em soluções únicas, mas que sonha com alternativas”, afirma Vianna. Um dos clientes da companhia foi uma empresa de Duty Free, que se deparou com um problema: com o crescimento da economia existia um novo público, maior e diferente do convencional. A empresa pensou então em mudar o portfólio de produtos. Na maneira do design thinking foi realizado um estudo que permitiu mapear esse novo viajante, que esta prestes a fazer uma jornada: desde a pesquisa de roteiros a contratação de um agência. O cliente resolveu então aproveitar áreas que não tinha atuação, com o entendimento desse novo perfil de público. Criou um site para explicar e promover o turismo, fez divulgação em universidades, entre outras ações práticas. A metodologia é apoiada também em pesquisas de campo, reuniões de geração de ideias, mas pode usar elementos como o teatro e o audiovisual para a resolução de problemas e para criar inovação. “A criatividade é um elemento transformador: apesar do método ter ser um sistema com início, meio e fim, sem a criatividade não é possível pensar em ideias novas”, revela. Para educar essa nova geração de gerentes, a consultoria lançou o livro – que está disponível de maneira gratuita. Em cerca de três meses foram cerca de 30 mil downloads e a MJV também traduziu o livro para o inglês – a ideia é abrir mercado para a sua filial recém criada na Inglaterra. Atualmente cerca de 70% dos clientes da companhia são multinacionais, como a Zurich, Dufry, Coca Cola, ou mesmo grandes empresas brasileiras como a Porto Seguro e a BR Distribuidora. “Normalmente são as empresas líderes que adotam a inovação primeiro. Mas queremos disseminar o conceito por todo o país”. Está previsto também uma segunda edição, ainda sem data para ser lançada. O Design Thinking também pode ser usado por cidades – criativas ou não – para incentivar a inovação e a sustentabilidade. A MJV vai promover localmente entre os dias 2 a 4 de novembro no Rio de Janeiro o Global Sustainability Jam, um evento mundial que vai acontecer mais de 60 cidades com objetivo de achar soluções criativas para a sustentabilidade no planeta. “Existem poucas regras e queremos a participação de todos. É necessário ter tempo livre para criar e estar dentro do escopo – o tema será revelado no início do evento. É algo que fazemos para toda a sociedade”, finaliza Vianna. -
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