sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

10 clássicos da literatura escritos por Nietzsche

Ultimamente, Nietzsche está na moda. O filósofo alemão conhecido por suas idéias ácidas nunca imaginaria ser tão lido quase 2 séculos depois de sua morte.
A última edição da revista Discutindo Literatura trouxe uma pequena matéria sobre esse assunto. O título é exatamente “Por que Nietzsche está na moda?” e chega à conclusão de que, por ele ser um dos filósofos mais fáceis de ler e dado que a sociedade moderna exige rapidez, ele é perfeito para qualquer rebelde sem causa.
Não sei se essa é a conclusão certa, mas provavelmente sim, já que outros filósofos como Schopenhauer, por exemplo, pai da filosofia de Nietzsche, continua lido por um pequeno círculo de intelectuais (eu me incluo nesses).
Leitores à parte, Nietzsche é sem dúvida um dos maiores filósofos da história e escreveu livros fascinantes que, como ele dizia, foram escritos “para homens que ainda estão por vir, pois os demais não os compreenderiam”. Os clássicos de Nietzsche são muitos. Assim falava Zaratustra e O Anticristo talvez sejam os principais, mas há vários outros. Vou listar aqui 10 dos livros que considero o principal legado de Nietzsche e que podem ser lidos por todos curiosos em relação a sua obra.

1. Além do bem e do mal


Além do bem e do mal
Nessa obra, cujo tema é, sobretudo, a precariedade cultural e espiritual do seu tempo, Nietzsche afirma a necessidade de que, no eterno retorno da vida e da história humana, os homens se ergam, aceitando a própria finitude, ultrapassando a própria condição e vivendo soberanamente no gozo e na dor da própria verdade. Contra os fracos, os humildes, os dignos de dó, ele afirma o ideal dos super-homens, dos quais dependeria o futuro da humanidade. Polêmico e sempre pro­vocador, Nietzsche desenvolve os conceitos de “vontade de poder” e de “moral de senhor”. A moral de senhor é aquela a ser seguida e imposta, que mostra o que é bom, verdadeiro e belo, em contraposição à “moral de escravo”. Resta a cada ser humano decidir se é senhor ou escravo.
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2. Ecce Homo


Ecce Homo
Em outubro de 1888, ao completar 44 anos de idade, Friedrich Nietzsche decidiu fazer um balanço de sua vida. Escreveu então Ecce homo, um dos mais belos livros da língua alemã, a obra mais singular jamais escrita por um filósofo. Ecce homo não é uma simples autobiografia: é sobretudo confissão e interpretação, uma síntese inestimável da obra de Nietzsche e de seus conflitos. Um grande pensador, dos mais influentes de nossa época, fala apaixonadamente de suas influências, de sua paixão, de como surgiram suas obras, de seu modo de vida, de seus objetivos e faz, assim, uma original e desconcertante introdução a si mesmo. Considerando que Nietzsche o escreveu apenas algumas semanas antes de sofrer a perda completa da razão, Ecce homo é também sua última palavra, como filósofo, psicólogo e anticristo.
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3. Humano, demasiado humano


Humano, demasiado humano
Publicado em 1878, Humano, demasiado humano marcou o afastamento de Nietzsche em relação ao romantismo de Wagner e ao pessimismo de Schopenhauer. Influenciado pelos moralistas franceses, Nietzsche adotou e expandiu a forma do aforismo, que neste livro aborda temas como metafísica, moral, religião, arte, literatura, amor, política e relações sociais.
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4. O Anticristo


O Anticristo
Escrito em 1888, último ano antes de Friedrich Nietzsche perder a lucidez, este ensaio é uma das mais afiadas análises de que o cristianismo já foi objeto. Dando continuidade ao exame sobre a moral praticado na maioria de seus livros, em O anticristo o autor firma sua posição sobre a doutrina religiosa. Ele mostra como o cristianismo ? ao qual chama de maldição ? é a vitória dos fracos, doentes e rancorosos sobre os fortes, orgulhosos e saudáveis, persuadindo e induzindo a massa por meio de idéias pré-fabricadas.
A partir da comparação com outras religiões, Nietzsche critica com veemência a mudança de foco que o cristianismo opera, uma vez que o centro da vida passa a ser o além e não o mundo presente. Até mesmo Jesus Cristo e o apóstolo Paulo são questionados, assim como grande parte de todos os dogmas cristãos, em um grande exercício filosófico.
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5. O Crepúsculo dos Ídolos


O Crepúsculo dos Ídolos
Essa foi a penúltima obra de Nietzsche, escrita e impressa em 1888, pouco antes de o filósofo perder a razão. O próprio Nietzsche a caracterizou — numa das cartas acrescentadas em apêndice a esta edição — como um aperitivo, destinado a “abrir o apetite” dos leitores para a sua filosofia. Trata-se de uma síntese e introdução a toda a sua obra, e ao mesmo tempo uma “declaração de guerra”. É com espírito guerreiro que ele se lança contra os “ídolos”, as ilusões antigas e novas do Ocidente: a moral cristã, os grandes equívocos da filosofia, as idéias e tendências modernas e seus representantes.
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6.  A origem da tragédia


A origem da tragédia
A Origem da Tragédia é o primeiro livro de Nietzsche, de sabor um tanto poético, é mais um estudo sobre a decadência de um gênero teatral do que propriamente uma investigação histórica ou uma incursão mítica na esfera da vida sobrenatural. Este livro, em primeiro lugar, representa uma homenagem a Richard Wagner, uma interpretação dos seus dramas musicais como obras de arte totais que igualam as tragédias antigas.
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7.  Assim falava Zaratustra


Assim falava Zaratustra
Este é um invulgar discurso filosófico em forma de narrativa onde centenas de máximas e aforismos paradoxais veiculam com beleza, profundidade e poesia a pujante e contundente filosofia crítica de Nietzsche, assestada assistematicamente, em estilo ligeiro e ditirâmico, contra as doutrinas filosóficas vigentes. Zaratustra, na verdadde uma antítese, é um anti-profeta e um anti-místico, que poderia também ser um anti-Cristo ou anti-Buda, ao destilar paradoxos veementes, pondo em cheque a ética estabelecida através dos valores morais atacados. O Zaratustra nietzcheano é um inversor dos valores, um destruidor de ídolos e um exaltador dos valores da vida, da existência e da terra. Além de divulgar a “morte de Deus”, isto é, o fim da noção judáico-crista da divindade e filosoficamente a falência do Absoluto de Hegel, da Vontade de Schopenhauer, etc. e crepúsculo dos valores metafísicos e éticos que exaltam o além-túmulo e a vida espiritual transcedente, Zaratustra anuncia o advento do superhomem, um paradigma de humanidade que extingue e supera o modelo da religião peidosa dos fracos e oprimidos. Nada tem a ver com o Zaratustra mítico e religioso dos antigos persas.
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8. O livro do filósofo


O livro do filósofo
Reunião de fragmentos escritos entre 1872 e 1875 e publicados após a morte do filósofo alemão. A tradução é de Rubens Eduardo Ferreira Frias. Os apêndices contam com uma cronologia essencial e uma bibliografia básica.
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9.  Sabedoria para depois de amanhã


Sabedoria para depois de amanhã
A coletânea de fragmentos póstumos de Nietzsche apresentada neste livro sem dúvida chamará a atenção do leitor, antes de tudo, pela variedade e pela heterogeneidade de seus temas e perspectivas. O leitor que aceitar o desafio de lê-lo poderá apreciar também o interesse e a originalidade de cada fragmento, surpreender-se com as analogias e os contrastes que subjazem à sua diversidade temática.
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10. A Gaia Ciência


A Gaia Ciência
Nesta obra, Nietzsche discute arte, moral, o conceito da verdade, entre outros temas. O filósofo, também conhecido por seu texto nada árido, apresenta aqui ampla diversidade de estilos literários como versos humorísticos, aforismos, parábolas, poemas em prosa e pequenos ensaios.
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