segunda-feira, 8 de abril de 2013

Oficina: Que forma de pensar LIBERTA as nossas conversas?


Oficina: Que forma de pensar LIBERTA as nossas conversas?

Uma abordagem fenomenológica
Oficina com Allan Kaplan e Ana Biglione
Eu queria fazer parte das árvores como os pássaros fazem.Eu queria fazer parte do orvalho como as pedras fazem.Eu só não queria significar.Porque significar limita a imaginação.E com pouca imaginação eu não poderia fazer parte de uma árvore.Como os pássaros fazem.Então a razão me falou: o homem não pode fazer parte do orvalho como as pedras  fazem.Porque o homem não se transfigura senão pelas palavras.E isso era mesmo.Manoel de Barros
A compreensão e a prática do diálogo não são novidade para aqueles associados à Escola de Diálogo.
O diálogo, como prática e como forma de ser, se tornou essencial para interações sociaise tem sido amplamente promovido nos últimos tempos.
Ele tem o potencial de solucionar problemas complexos sem reduzi-los ou simplificá-los; de possibilitar que as pessoas realmente se encontrem, transpondo grandes barreiras; de promover uma prática democrática e de cooperação coletiva para a solução de problemas; de lidar com uma incessante ambigüidade e incerteza; de praticar a participação e, ainda, de permitir que as pessoas sejam mais humanas em suas interações umas com as outras.
Às vezes, o uso do diálogo promove uma mudança de desenvolvimento interna, em nós mesmos, que faz com que nos comportemos diferentemente em variados aspectos na nossa vida, não apenas em momentos de diálogo. Não há dúvida que o diálogo e conversas verdadeiras podem ajudar a nos tornar mais livres em relação à nossa maneira de ser no mundo.
Ainda assim, quando percebido apenas como uma ferramenta ou tecnologia, o diálogo pode ficar na superficialidade instrumental que promove o meio para além do fim e mantém inalterado exatamente aquilo que queremos mudar no mundo (e em nós).
Aprofundar o diálogo até que ele se torne uma conversa verdadeira exige que investiguemos as condições que permitem que encontros reais aconteçam. Existem formas de pensar que sustentam conversas reais, que nos desafiam e nos permitem encontrar os lugares dentro da gente, as formas de ver através das quais conversas profundas podem emergir. Dialogar verdadeiramente pode promover uma forma mais viva de pensar. Nesta oficina queremos abordar esse tema pelo angulo oposto: iremos nos aprofundar naspráticas do pensar e ver, e explorar como essas práticas possibilitam as conversas fluírem organicamente a partir das bases do nosso ser.
A Proteus Initiative foi criada com a clara intenção e propósito de explorar a arte e a prática da fenomenologia – em especial, aquela desenvolvida por JW Goethe – como uma forma de promover um jeito de ser que é completa e profundamente conversacional. Nessa oficina desafiaremos a nós mesmos a exercitarmos os fundamentos de um pensar livre e vivo que, a partir de si mesmo, irá nos levar ao diálogo como uma forma de ser.
Como a maneira que pensamos se relaciona com a maneira que dialogamos?Como a maneira que pensamos se relaciona com quem somos no mundo?
Esses três dias de oficina pretendem ser uma introdução em profundidade a uma abordagem que irá enriquecer a prática de todos que buscam se engajar com a liberdade e a mudança como movimentos internos, e com o diálogo como o entrelaçamento de tais movimentos.
Allan Kaplan é profissional de desenvolvimento, professor e escritor. Autor de “Artistas do Invisível” (publicado em português pela Peirópolis), “The development practiotioner handbook”, “The Developing of Capacity,  and Dreaming Reality – The Future in Retrospect”, entre outros. Atua internacionalmente a partir da Proteus Initiative (baseada na Cidade do Cabo, na África do Sul – www.proteusinitiative.org), fundada como uma maneira de promover uma nova compreensão e abordagem dos métodos orgânicos e holísticos de JW Von Goethe no campo de inovação social. Allan tem atuado extensivamente no Brasil na última década e seu trabalho é uma tentativa de compreender as conseqüências da verdadeira participação, da complexidade sócio-ecológica e da tomada de consciência que sustenta liberdade e responsabilidade como uma das polaridades que buscam pelo todo.
Ana Biglione é consultora e facilitadora de processos formativos e de desenvolvimento organizacional, atua pela Noetá e em colaboração com diversas organizações tais como Instituto Fonte (da qual é membro), Proteus Initiative, MOVE, entre outras. Formada em administração de empresas pela FGV-EAESP, Ana tem sua prática e estudos inspirados no método goetheano de desenvolvimento. Em sua trajetória no campo social foi conselheira do Instituto Hedging-Griffo e FICAS e trabalhou no Brasil, Argentina e Moçambique em organizações como IDIS, FICAS e Instituto Geração, que co-empreendeu e foi diretora executiva. Também fundou, junto à outros profissionais, a Associação Cultural Cuadra Flamenca e a Noetá.
FAÇA SUA INSCRIÇÃO – APENAS 18 VAGAS
DATAS: 26, 27 e 28 de abrilLOCAL: Escola de Diálogo de São Paulo – Rua Padre Cerdá, 163HORÁRIOS: dias 26 e 27 – das 9 às 18 horas; dia 28 – das 9 às 14 horasPREÇO: R$ 850,00; opções de pagamento parcelado pelo Sympla, com pequeno acréscimo
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
- pelo e-mail lamarabassoli@escoladedialogo.com.br
- pelo telefone (11) 3432-6642
- pelo Sympla, no endereço:
https://www.sympla.com.br/oficina–que-forma-de-pensar–liberta–as-nossas-conversas-uma-abordagem-fenomenologica__12205.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário