sábado, 7 de junho de 2014

Educar bem é educar sempre

O desafio da formação continuada no mercado de TI que inova e se reinventa a cada momento.
Muitos dos profissionais graduados até o fim dos anos 1970, já aposentados ou ainda ativos, construíram suas carreiras apoiadas e fundamentadas no curso universitário que escolheram e na “escola da vida”. É muito comum que os engenheiros, administradores, médicos, advogados, economistas, psicólogos, etc, tenham desenvolvido suas vidas profissionais com a experiência aliada exclusivamente à formação original, que, até então, era mais do que suficiente, era um grande diferenciador e um enorme capital profissional inicial.
Penso que esteja claro a todos os leitores que isso ficou no passado. O modelo que nos guia é o da educação continuada.
Há diversos desafios novos que interferem nessa realidade, o ambiente de negócios, a demanda por tecnologia e novos modelos, a inovação, a imprevisibilidade das carreiras, dentre tantos outros. Especialmente no mundo da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), há ainda a alta velocidade com que se muda ferramentas, métodos e plataformas.
A educação formal ainda cumpre um papel importantíssimo, mas insuficiente para a manutenção da atualização profissional desejada.
Impõe-se um desafio: Como um profissional se mantém valioso para o mercado?
A resposta é mais simples de dizer e contar do que de implementar, mas enfim: buscando formação continuamente, sempre, a todo momento e em todo lugar.
Assim que alguém se forma para o mercado de TIC é incitado a buscar especialização, certificações, conhecer novas tecnologias, novos processos e métodos de modo a aprofundar cada vez mais o seu capital profissional. Mas também passa a ser cobrado por outras competências que os cursos da área não promovem como liderança, negociação ou gestão, e portanto é novamente levado a estudar, dessa vez ampliando o seu leque de conhecimentos, competências e experiência.
Gosto muito de contar uma história – real1 mas resumida – de um ensaio que um grupo de diretores e coordenadores de curso fizeram considerando o que seria a formação ideal em Administração. Para tanto listaram todos os itens “fundamentais” a essa formação, traduziram cada item em carga horária, somaram todos os tempos demandados e dividiram por 800h – carga horária anual de um curso universitário noturno nas Ciências Sociais. Resultado? 11 anos de graduação!
Alguém na mesa logo disse: “Imagina, uma vida!”
Hoje entendo que por caminhos tortos esse assustado colega é que estava certo. Uma formação profissional refinada, valiosa, adequada e atualizada começa sempre num curso honesto, inovador e responsavelmente administrado, mas só se cumpre numa vida, nunca no primeiro curso.

Mauricio Pimentel
Coordenador Geral da BandTec

http://www.bandtec.com.br/index.php/category/carreira/

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