sábado, 7 de junho de 2014

Saber ouvir, saber negociar, saber ser…

A vida profissional nos coloca desafios cotidianamente. O principal deles é lidar com pessoas. Na área de TI, especialmente, o profissional vivenciará situações nas quais sua capacidade de compreender e de se fazer compreender será colocada à prova.
Você já se perguntou por que é tão difícil negociar? Talvez você queira dicas de persuasão, formas de convencimento, tons de assertividade e tudo o mais. Bem, não será difícil para você encontrar tudo isso na Internet. Mas de pouca valia serão essas informações se você não considerar o fato de que, na sua frente, há uma pessoa querendo se comunicar.
Comunicar é tornar comum. Por isso, o primeiro ponto é alinhar pensamentos e linguagem. Saiba o que o outro deseja. Explique o que você pode oferecer. Discuta os termos dessa troca.
Não raramente, duas pessoas discutem sobre pontos em que concordam. Isso acontece porque ambas não conseguem ouvir o que está sendo dito. Por isso, busque esclarecer as colocações do seu interlocutor até que você compreenda perfeitamente bem o que ele diz. Pergunte quantas vezes for necessário: o que você quer dizer com…? Algumas vezes, repita o que seu interlocutor afirmou: “Se entendi bem, você está me dizendo que…”
Compreendida a mensagem, posicione-se claramente a respeito do que está sendo pedido. Afirme se você concorda ou não e explique seu posicionamento. Discordar não é encerrar o diálogo. As palavras “concordar” e “discordar” referem-se a caminhos do coração (cordis, em Latim, é coração). Todavia, corações podem seguir caminhos diferentes, e ainda assim, serem respeitosos e complementares.
Penso que a chave está em respeitar seu interlocutor, as ideias que ele coloca, a visão de mundo que ele traz. É importante saber que com a diferença podemos crescer e que nem todos os encontros são disputas. Embora na comunicação exista claramente um jogo, ser convencido não é necessariamente ser derrotado. Aceitar o ponto de vista do outro pode ser uma boa estratégia para demonstrar respeito, atenção e valorização. E essa postura vai transformar seu interlocutor, tornando o mais confiante e aberto para novos diálogos.
Não se obrigue a responder no momento. Ouvir é mais importante do que falar. Se não souber o que dizer, informe isso ao outro. Peça um tempo para refletir. Reflita. Depois, com calma, retome o assunto. “O silêncio é um amigo que nunca trai”, como diz a frase que costuma ser atribuída a Confúcio.
Luiz Claudio Bido
Psicólogo e coordenador do Programa H, da Faculdade BandTec

http://www.bandtec.com.br/index.php/category/carreira/

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